CONTOS AFRICANOS



Contos do Baobá, 4 contos da África Ocidental
adaptados e ilustrados por Maté.
Editora Noovha América.


Recebi no primeiro semestre de 2011 a segunda edição do meu livro “Contos do Baobá”. Publicado em 2008 pela editora paulista Noovha América, o livro mereceu em 2009 o selo “Altamente recomendável” da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. A nova edição traz o selo da FNLIJ na capa e segue as regras da Nova Ortografia da Língua Portuguesa. 
  
Para o livro, escolhi adaptar quatro contos da África Ocidental protagonizados por personagens marcantes das narrativas tradicionais africanas.
  
No primeiro conto “A lebre, o rinoceronte e o hipopótamo”, a estrela é a lebre. O pequeno animal é do tipo astuto e “bon vivant”: sempre consegue se sair bem das situações mais perigosas, com criatividade e bom humor. 
Em “Anansi e o presente de Deus”, encontramos a aranha Anansi. Vários mitos africanos contam como ela ajudou Deus durante a criação do mundo, com suas teias ligando o Céu com a Terra. A pequena Anansi é muito esperta, mas também um tanto orgulhosa. Irritado com a arrogância da aranha que ousou declarar-se mais inteligente do que Deus, Ele, o próprio, decide dar-lhe uma merecida lição. Mas como Anansi é mesmo muito esperta... 
"Por que os pescadores gostam do vento?” fala do Sol e da Lua, os gêmeos primordiais. A história, muito poética, explica como, de uma briga entre os dois astros, nasceram os peixes e o vento.
 

No quarto conto “O camaleão e o chimpanzé”, encontramos o sábio camaleão, outro animal tradicionalmente associado a Deus na cosmogonia africana, viajando com um chimpanzé malandro e levando a pior. Mas não é que o pacato camaleão consegue dar o troco na justa medida a este companheiro folgado...
 
O livro apresenta ainda às crianças o griot, o guardião de histórias transmitidas oralmente geração após geração e explica por que todo griot precisa de um baobá... Aliás, para recontar essas histórias, eu também precisei encontrar o meu baobá, no Parque do Passeio Público no Rio de Janeiro. A árvore é imponente e muito antiga, com vários troncos, vale a pena ver de perto.
Para ilustrar os "Contos do Baobá", procurei retratar toda riqueza cultural dos povos da África Ocidental, com aquarelas inspiradas nos tecidos daquela região.



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