Lançamento na última Bienal de São Paulo



ÁGUAS ENCANTADAS
Autora e ilustradora: Maté.
Editora Noovha América.
40 páginas – 20 x 26 cm

“Se você gosta de viajar, não hesite e mergulhe de cabeça na leitura de Águas encantadas.Você vai descobrir três lendas poéticas de terras longínquas onde as águas, doces ou salgadas, geladas ou tropicais, escondem criaturas maravilhosas. Uma menina-sereia, uma ilha-crocodilo e um dragão chinês o esperam ao fio das palavras e das imagens que vão brotando do papel.”


No sábado 18 de agosto 2012, estive na 22ª Bienal do Livro de São Paulo, no estande da Noovha América autografando o meu novo livro: Águas encantadas.  O encontro com os leitores, grandes e pequenos, foi muito gratificante.



Sempre gostei de pesquisar outras culturas, outros olhares sobre o mundo. Nos últimos anos, andei publicando vários livros de lendas indígenas e africanas que foram selecionados em programas governamentais de incentivo à leitura e estão agora disponíveis para alunos de todo o país. Em 2011, meu livro Contos do baobá (também da Editora Noovha América) foi selecionado para o Programa Minha Biblioteca da Prefeitura de São Paulo (trata-se de uma iniciativa muito interessante que doa livros aos alunos da rede, para que os familiares também possam se interessar pela leitura). Isso me deixa muito feliz e realizada.
Porém, como muitos terráqueos, ando bastante preocupada com nossa sociedade de consumo e seu tremendo impacto sobre nosso planetinha. Pensando nisso, pesquisei histórias baseadas em uma relação mais harmoniosa do homem com seu meio ambiente. Encontrei três lendas de um simbolismo forte que falam de sofrimento, cura e transformação e ilustram a estreita ligação do homem com a água. Ligação fisiológica, mas também espiritual e poética. 
A primeira história, ambientada no Ártico, é sobre Sedna, a menina-sereia do povo Inuit, criadora de todos os seres marinhos. A segunda, uma lenda tradicional do Timor Leste, conta como a amizade pura e destemida entre um garoto e um crocodilo é recompensada. Na terceira narrativa, vinda da China, um menino-dragão salva seu povo da seca e de um imperador tirano.
Resolvi adaptar e ilustrar essas três histórias e assim nasceu o livro Águas encantadas. Acrescentei uma leitura complementar com informações sobre o povo Inuit, sobre o dragão na cultura chinesa e sobre animais citados nessas lendas que infelizmente estão hoje ameaçados de extinção.



Antes de ilustrar, fiz uma ampla pesquisa sobre a arte tradicional de cada povo. E para conseguir traduzir o lirismo “aquático” presente em cada uma das histórias, escolhi a aquarela (lógico!) com alguns toques de guache e lápis de cor Caran d´Ache. Sou (ou melhor, tento ser) aquarelista há mais de 25 anos. O que adoro na aquarela é que os pigmentos parecem ter vontade própria, criando manchas ou misturas inesperadas que enriquecem e personalizam o trabalho.



Espero que a beleza e o encantamento presentes nessas três lendas possam inspirar os meus leitores (de 8 a 118 anos) a lutar pela preservação da natureza e das águas, porque sem água, não há vida...

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